abc
  • Sociedade ALBINO FORQUILHA E O DESAFIO DE REDEFINIR A OPOSIÇÃO EM MOÇAMBIQUE
  • abc OPINIÃO: Duclésio Chico

Nos últimos tempos é impossível falar de política em Moçambique sem ouvir o nome de Albino Forquilha. Presidente do PODEMOS, líder da oposição no Parlamento e, acima de tudo, um político que aparece com acções reais no terreno.

Num contexto em que muitos desaparecem depois das eleições, Forquilha faz diferente. Em Ndunda 2 (Beira) entregou um furo de água potável com sistema de bombagem manual. Para famílias que durante anos dependiam de fontes inseguras, isto é saúde, dignidade e alívio no dia-a-dia. Política com resultados, não só discursos.

E não parou aí. Em Mahile (Angoche, Nampula) anunciou que o PODEMOS vai construir um novo mercado. A promessa surgiu depois de ouvir directamente vendedores e famílias locais, política feita lado a lado com as comunidades.

Para além destas acções, Forquilha está no centro do Diálogo Nacional Inclusivo. Ele vê este processo como uma oportunidade para reformar a Constituição, rever o modelo eleitoral e abrir espaço para uma democracia mais participativa. Lembra sempre que a luta pela independência não foi movida por ódio, mas por direitos humanos e acredita que esse espírito deve continuar hoje na busca por igualdade, paz e justiça social.

Como líder da oposição, insiste que todos partidos, sociedade civil, jovens, mulheres, devem ter lugar à mesa quando se decide o futuro do país. Tem ido a encontros internacionais para explicar esse papel da oposição e procurar apoio às reformas e à estabilidade política em Moçambique.

Gostes ou não da sua linha política, é inegável que Albino Forquilha está a trazer um novo estilo de liderança. Aproxima-se das comunidades, fala de democracia e justiça social num tom mais sereno, evita a retórica de confronto e tenta mobilizar os moçambicanos para acreditarem que é possível construir um país mais justo através de soluções pacíficas e inclusivas.

Será que este novo estilo vai mesmo transformar a política moçambicana? O tempo dirá. Para já, vemos um líder a mostrar que há outra maneira de fazer oposição mais próxima das pessoas, menos centrada no poder, mais focada no serviço público.


    abc
    abc